Adaptações básica para sala de aula

Antes de qualquer dica prática devemos considerar que 
cada aluno é único , com diferentes níveis de comprometimento 
e consequente, maior ou menor quantidade de adaptação!


ESPAÇO (definir locais específico com funções específicas para brincar, trabalhar, comer,..)

  • Determinar uma carteira em local fixo , dentro da sala de aula, evitando  mudanças nos primeiros meses de aula. A carteira deverá ser utilizada preferencialmente para tarefas ou atividades, preferencialmente que a criança possa realizar sozinha;
  • Nos momentos que a professora precisar oferecer ajuda ou ensinar algo, procurar realizar em outro espaço (mesa do professor), após o auxílio,  encaminhe-a  de volta para o seu lugar, evitando  deslocar sempre  para a carteira do aluno para dar ajudar.
  • Se possível , ter dentro da sala um lugar de transição (momentos de espera), para que a criança possa ter algo que goste de fazer disponível para uso neste lugar ; (revista, objeto, livro, brinquedinho,…).
  • Se possível estabelecer na escola um local para cada função, evitando excesso de estímulos variados (bons e ruins) num mesmo espaço.

TEMPO (oferecer noção clara de tempo para cada etapa da rotina:começo e fim explícito)

  • A grade de horário deve ser construída de forma sistemática, com etapas de trabalho ao longo do turno, procurando movimentar a criança entre os espaços organizados: carteira, mesa do professor, espaço de transição, etc.. Também com momentos planejados para sair estrategicamente da sala: ir ao banheiro, parque, levar alguma coisa em algum lugar, beber água,… Estas etapas são importantes para movimentar o aluno, dentro do seu tempo e ritmo.
  • Com a grade horária previamente planejada (adaptada: espaço e tempo), devemos  direcionar o aluno com pistas visuais (agenda/PAINÉIS: conforme nível de compreensão de cada um) como forma de antecipar os eventos do dia e favorecer o bem estar emocional do aluno, evitando a ansiedade, impulsividade e resistência, que podem quando não são avisados das atividades, transições ou novidades do dia.

MATERIAIS (devem conter informações visual claras sobre o seu modo de execução) 

  • As tarefas concretas ou não, desde que organizadas com começo e fim explícito, otimizam o envolvimento e a execução do aluno. Caso a tarefa não tenha orientação visual necessária, tente oferecer modelo inicial, evitando ao máximo se manter na tarefa junto com o aluno. Ele precisa entender que você não faz parte da execução, por isso, a ajuda deve ser sempre removida gradativamente para torná-lo independente. 
  • Para a maioria dos alunos, devemos evitar avaliar o conhecimento  através do registro escrito, pois o grafismo é uma dificuldade importante e que deve ser trabalhada a parte, num formato de treino paralelo e não junto com o conteúdo que terá que aprender. Muitas crianças que são forçadas a usar o lápis acabam não desenvolvendo motivação para o aprendizado.
  • Importante revisar o conteúdo do currículo (currículo planejado) , para destacar as prioridades para o aprendizado do aluno incluído, considerando que o mesmo necessita de um tempo para repetição do que esta aprendendo.

EM CONJUNTO COM ESTAS 3 ÁREAS BÁSICAS DE ADAPTAÇÃO, o professor deve estar preparado para as consequências comportamentais advindas do quadro de autismo, entendendo que as características comportamentais ( estereotipias, manias, rituais, apegos exagerados,..) serão mediadas com  adaptações educacionais específicas (estrutura e previsibilidade)  e uma conduta neutra e assertiva por parte do professor.
Também existem os comportamentos indesejáveis (gritos, agressividade, fugas, resistência,…) que são respostas extremas do aluno autista, numa rotina ou ambiente despreparado.

Neste caso, um profissional da área da psicologia deve ser consultado para auxiliar o professor com uma análise funcional deste comportamento indesejável, no intuito de descobrir as falhas que estão ainda ocorrendo na estrutura ou adaptação preparada.

Considerando que além das falhas de comunicação que alteram comportamento, existem as sensibilidades sensoriais que também colocam a criança em estado de estresse na escola, especialmente quando as adaptações não foram suficiente para alcançar ou organizar o foco do aluno naquilo que a escola deseja dele

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