Foi perguntado para mais de 3400 membros da comunidade de autismo do Reino Unido – adultos autistas, familiares, crianças, pesquisadores, educadores , médicos – sobre o termo que eles preferiam utilizar : pessoa autista, pessoa com autismo ou pessoa que tem autismo.
Os autistas e familiares preferiram o termo autista.
“na descrição de alguém autista como uma pessoa com autismo ou pessoa que tem autismo ou pior de todos pessoas que sofrem de autismo , faz parecer que o autismo é separado da pessoa ou que atrás do autismo há uma pessoa normal “. (relato de uma pessoa autista)“o autismo é quem, o que e o porque a pessoa é, você não pode separar estes conceitos (relato de um familiar).
Clinico e educadores discordaram, dizendo preferir o uso de pessoa com autismo, pessoa que tem autismo ou pessoa que tem asperger.“Eu não gosto de descrever uma pessoa como sua condição, por isso, uso sempre pessoa em primeiro lugar. Porque é o que nós somos, independentemente da condição que temos. Eu nunca me descreveria como uma tireóide, por exemplo.
“Precisamos descrever o indivíduo e o autismo como entidades separadas , enfatizando o indivíduo e não o transtorno.”(profissional)O QUE FAZER ENTÃO?A pesquisa sugere que devemos sempre procurar saber como as pessoas desejam ser descritas, perguntando-lhes diretamente, se possível, e não impondo pontos de vista externos, sendo este um princípio da linguagem inclusiva.
ASSIM, para os autistas e familiares do Reino Unido, que participaram da pesquisa a preferência é que sejam chamados de autistas mesmo!
Bom, aqui no Brasil, a visão sobre as pessoas com autismo ainda é precária e por vezes, não imaginamos que o autista tenha o direito de escolher como gostaria de ser chamado ou até mesmo se poderiam decidir algo sobre eles mesmos ou indo mais longe serem respeitados como são.
A visão da sociedade brasileira sobre o autismo não é nada boa, causando ainda um impacto horrível quando mencionamos que temos na família um autista. A visão ainda é estereotipada porque os autistas verbais, aqueles que tem opinião e ideias, nem sempre são reconhecido ou diagnosticados como autistas, daí a sociedade fica com a visão dos que não conseguem se expressar devidamente e são obrigados a gritar para serem ouvidos, praticar estereótipos para fugir dos excessos das pessoas ou bater para serem melhor compreendidos! Situação grave!
Eu vou ficar com o que os autistas do Reino Unido preferiram: SEREM CHAMADOS DE AUTISTAS!!